sexta-feira, 25 de julho de 2008
15 jul. - parte II
vou deixar a baba escorrer pelo canto da boca, os dentes rangerem, o ódio espumar. mas a verdade é que essa coisa toda de ser útil, ser humano e não-indigente acaba com qualquer um. mire e veja, atire, atire, mata-me depressa que não quero, não quero esse café pequeno, que não quero esse café, atire que eu quero veneno, veneno tremendo. não sei mais nada e dói cad vez mais fazer tudo igual, ser sempre tão estúpida e ter dó de mim. eu sou de quem não posso escapar. tudo me aniquila, tudo que é feito por mim. eu tenho poucas ilusões e elas foram laceradas e enviadas à marte.
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